Atualize-se sobre crédito e serviços financeiros
SERVIÇOS FINANCEIROS EM FOCO VOL.2
BC NÃO QUER FIM DO PARCELAMENTO SEM JUROS NO CARTÃO PELO LOJISTA
O Banco Central está empenhado em corrigir as distorções no mercado de cartão de crédito e os custos do sistema. Entretanto, o presidente da Instituição, Sr. Ilan Goldfajn, afirmou em entrevista a revista exame que “não haverá o fim do parcelamento sem juros no cartão de crédito”. Afirmou, ainda, “que o Banco Central quer estimular os meios eletrônicos de pagamento, como cartão, por ser mais eficiente, seguro e ajudar no combate à lavagem de dinheiro”.
Quando o assunto foi financiamento de longo prazo, o presidente afirmou que “a inflação baixa e a estabilidade macroeconômica são um insumo importante para permitir que esse mercado se desenvolva”.
Importante notícia para as MPEs, que enxergam as vendas parceladas no cartão sem juros como um estímulo ao consumo, e nesse momento da economia a cobrança de juros ao cliente poderia frear a possibilidade de compras através dessa modalidade, visto que já é hábito do consumidor e dos lojistas adotarem esse formato nas negociações de compra e venda. Porém, quando as empresas vendem a prazo no cartão e solicitam antecipação dessas vendas as taxas cobradas são normalmente acima do valor do mercado, por isso, essas operações requerem atenção.
BNDES ANUNCIA NOVAS CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO E DEFINE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA O DESENVOLVIMENTO
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizou alterações nas Políticas Operacionais que norteiam os seus financiamentos, a partir de janeiro deste ano, quando entrou em vigor a Taxa de Longo Prazo (TLP), que substituiu a TJLP como taxa básica das operações.
São três as mudanças mais significativas: alongamento dos prazos máximos de financiamento; cálculo dos limites de participação atrelados ao investimento total e redução do spread básico.
Com as mudanças anunciadas, as taxas cobradas pelo BNDES cairão de 1,7% ao ano para 0,9% a.a em projetos nas áreas de segurança pública, inovação, meio ambiente, energia solar, saneamento, tratamento de resíduos sólidos e qualificação profissional.
Investimentos em ferrovias, rodovias, hidrovias e mobilidade urbana poderão ter prazos de até 34 anos, com o alongamento dos limites para estabelecimento de prazos.
Outra mudança importante é que o percentual máximo de participação do financiamento do BNDES será sobre o total do projeto e não somente sobre os itens financiáveis.
Para as micro, pequenas e médias empresas, a participação máxima do BNDES poderá chegar a 100% em todas as linhas de financiamentos.
A notícia traz um alento para as MPEs que quem quer investir na implantação, modernização e inovação, pois as novas condições poderão gerar possibilidades de créditos menos onerosos e com prazos mais alongados com menor contrapartida.
MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS TÊM 56% DO DESEMBOLSO DO BNDES EM JANEIRO E NORDESTE SE DESTACA
Micro, pequenas e médias empresas (MPEs) receberam R$ 2,2 bilhões, o que corresponde a 56% de tudo o que foi liberado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social-BNDES no primeiro mês de 2018. Enquanto as médias empresas foram beneficiadas com R$ 1,13 bilhão, que correspondeu a 29,5%.
A expansão das empresas de médio e pequeno porte se reflete no desempenho de programas do Banco que atendem prioritariamente a essa faixa.A linha BNDES Finame, que financia a aquisição de máquinas e equipamentos, teve desembolsos de R$ 1,1 bilhão em janeiro, acumulando R$ 19,4 bilhões em doze meses (alta de 11%).
Já a linha BNDES Automático, que apoia projetos de investimento de até R$ 20 milhões, apresentou crescimento de 12% entre fevereiro e 2017 e janeiro de 2018, com R$ 14,8 bilhões acumulados. Em janeiro, os desembolsos para a linha foram de R$ 1,1 bilhão.
O programa BNDES Giro desembolsou R$ 558 milhões neste primeiro mês, somando R$ 7 bilhões em doze meses (alta de 124%). O BNDES Giro é o programa pelo qual as empresas, sobretudo de menor porte, podem obter recursos para superar momentos de crise, mantendo empregos.
Em janeiro, o destaque setorial no desempenho do BNDES ficou com o segmento de Comércio e Serviços, que contou com desembolsos de R$ 1,1 bilhão, valor 5% maior que em janeiro de 2017.
No acumulado dos últimos doze meses, o setor de Infraestrutura mantém o destaque positivo (alta de 6%), puxado, principalmente, pelo desempenho do setor de energia elétrica (alta de 48%).
Foram liberados R$ 14,1 bilhões para energia elétrica entre fevereiro de 2017 e janeiro de 2018, o que ajudou o segmento de Infraestrutura a alcançar o total de R$ 26,8 bilhões em desembolsos do BNDES no mesmo período.
Do ponto de vista da distribuição regional, o destaque continua sendo o Nordeste, que encerrou 2017 com crescimento de 24% e inicia janeiro com forte alta, de 96%, em relação a igual mês do ano passado. Com R$ 1,1 bilhão recebido (29,4% do total liberado pelo Banco), foi a região com a maior participação nos desembolsos em janeiro.
Os dados do desempenho do BNDES ficam disponíveis em www.bndes.gov.br/desempenho
SANCIONADA LEI QUE ATUALIZA O PROGRAMA NACIONAL DE MICROCRÉDITO PRODUTIVO
Foi sancionada, com um veto, lei que atualiza o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), voltado para financiar atividades produtivas de empreendedores e pequenos negócios.
O Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado deve conceder pequenos empréstimos a empreendedores de baixa renda. É o que prevê a Lei13.636/2018, sancionada com um veto e publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (21).
A norma tem origem no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 1/2018, decorrente da Medida Provisória (MP) 802/2017. O texto foi aprovado no Senado no dia 28 de fevereiro.
O programa, instituído em 2005, tem o objetivo de incentivar a geração de trabalho e renda entre microempreendedores populares. Entre as principais alterações com a nova lei, está o aumento, de R$ 120 mil para até R$ 200 mil, do limite de renda ou receita bruta anual para enquadramento de pessoas físicas e jurídicas.
A MP revogou artigos da Lei 11.110/2005, que criou o programa, incorporando parte deles. Segundo o governo, a intenção é agilizar o empréstimo e aumentar o universo de beneficiados, por isso o reajuste do valor máximo, congelado desde 2008.
Foi vetado o trecho que fixava em 2% ao mês as taxas de juros efetivas nas operações de microcrédito com recursos do FAT e proibia a cobrança de qualquer outra despesa, à exceção da Taxa de Abertura de Crédito (TAC) de 3% sobre o valor do empréstimo.
Na razão para o veto, Temer explicou que a definição, por lei, da taxa de juros ou outra taxa aplicável a operações de crédito dificulta eventuais ajustes por mudanças na política monetária, o que pode prejudicar a oferta de crédito e os objetivos da política de microcrédito.
BNDES LIBERA TOTAL DE 14,2 BILHÕES PARA O NORDESTE EM 2017
A Região nordeste apresentou um crescimento de liberações de recursos do BNDES, atingindo 20% do montante liberado para todo Brasil, sendo o maior valor desde 1995. Esse resultado é superior também a participação do nordeste no PIB, que é de 14,2%, segundo o IBGE. Com destaque para a energia eólica, por conta da implantação dos parques eólicos em Piauí e Paraíba.
A Bahia lidera com a maior quantidade de recursos liberados no Nordeste desde 2012. No ano passado, 29,4% dos recursos liberados foram para a Bahia, seguidas por Pernambuco, Maranhão e Ceará. O destaque para os projetos apoiados são a ampliação do metrô de Salvador, com expansão da linha 1 e construção da linha 2, infraestrutura de saneamento (BA), entre outros. Mantendo mais de 235 mil postos de trabalho. Oportunidade que de forma indireta influenciou na melhoria dos micro e pequenos negócios.
